quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mãe Benevolente ----------- João Bosco Tavares de Lima

Estou de fronte a um prato de caldo de lentilha;
Alimento que não me nutriu;
Tento traduzir minha imagem de Mãe.
Mãe desaparecida que surge;
Singela e bela;
Preta e servil;
Na rede de gente escolhida;
A mãe, o pai vem traduzir;
Ave cheia de graça!
Mãe prudente do redentor;

Acolhe-me;
Escolhe-me;
Como um reles ator;
Nesta eterna busca da fé.
Fé erodida e aflita;
Cristão menor;
Francisco e Assis às avessas.

Recolho-me em seu terço;
Certeza de minha pobreza redimida;
Pobreza de alma e pobreza de espírito.
Negra mãe do senhor;
Perdoa minha pequenez;
E cubra-me com seu manto de compreensão ilimitada.

Ave cheira de graça!
Roga por nós eternos pequenos e frágeis pecadores.




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