sábado, 28 de fevereiro de 2015


A poesia desgastada coexiste no vazio da alma aturdida, 
Falácias são ditas por poetas incrédulos, 
Procuram rimas...
E de suas cismas, recriam sinais gráficos,
Inundam seus pensamentos de despropósitos,
Desoneram os mitos filosóficos,
Desconcertam as cartilhas formais,
Fazem rir do sentimentalismo encarnado no verbo,
Acreditam que tudo se rende a poesia.
Loucos e ébrios!
Ainda creem em rimas e versos.
Da intuição fecundada no silêncio
Rasgam o ventre tímido e lúdico dos seres.
Resilientes persistem...
E como fotografias resistem ao passar tempo,
Assim pálidos, subjugam as cores e os aromas.
São saltimbancos embalados pelo vento.
Atravessam a vida prestando indulgencias
Aos mudos em seu holocausto das palavras
E veneram os dedos deles, que leem no branco,
A sua poesia torta e surreal que Ele o designou a escrever.

Joao Bosco Tavares