Vida de violeiro
João Bosco T. de Lima
Sai de casa procurando um bom lugar,
Pra cantar meus versos e mostrar minha canção
Sigo com a viola perdurada no ombro,
Com o peso da melodia que é quase uma oração.
Mas vou indo, soltando minha voz
Cantando a saudade do meu chão
Meu violão que exala um carinho
Daqueles que amole o coração
A sacola eu carrego repleta de sonhos
E a saudade que às vezes arde o coração
Mas o canto alivia e traz sossego
Pra quem vive a vida em comunhão
Mas vou indo, soltando minha voz
Cantando a saudade do meu chão
Meu violão que exala um carinho
Daqueles que amole o coração
De onde venho o riso se abriga no olhar
A lua brilha sem vergonha de se mostrar
O rio corre manso e despretensioso
E a garça branca empresta o nome ao meu lugar
Mas vou indo, soltando minha voz
Cantando a saudade do meu chão
Meu violão que exala um carinho
Daqueles que amole o coração
Tenho vontade de voltar pro meu lugar
Mas meu destino é tocar meu violão
Por isso eu solto a voz estrada afora
E deixo Deus, compor mais essa canção.