sábado, 24 de dezembro de 2011

À NOITE


À noite, gera monstros;
A saudade abre as portas;
O riso abandona os lábios;
E a gente fica a mercê do vácuo.
E o resto é vazio e solidão.

Faz parir em mim um gosto;
Mesmo que este se faça no desgosto;
Sem gosto de mel;
Seja fel;
Seja um véu;
Branco;
Transparente ou indecente;
Mas que revele;
Um sabor;
Ou cor;
Tanto faz!
Me desfaz!
Se possível faz-me;
Simplesmente
Rir de mim.

João Bosco Tavares

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